quinta-feira, 5 de março de 2015

Relatos de uma História de Vida Estudantil


HISTÓRIA DE VIDA ESTUDANTIL

Desde pequeno eu sempre fui bem interessado nos estudos, sempre elogiado pelos professores e estava sempre disposto a aprender, me recordo de todos os momentos bons que passei durante o maternal, Jardim I, II e Alfabetização, os professores eram legais e as atividades melhores ainda, era uma época divertida, aprender nunca foi tão divertido quanto naquele tempo.
Chegando na Alfabetização até a 4ª série, hoje sendo 1º ao 5º Ano, lembro que na Alfabetização a professora utilizava sempre exercícios no caderno, cópias de quadro e o livro como maneira de ensinar, faziam provas a cada bimestre, mas a maneira de ensino era mais voltada para a avaliação do que o exame, aprendi bastante e sempre procurava ser o primeiro da turma, tanto na questão de aprender como ter a melhor nota bimestral, acho que esses eram reflexos de que os professores daquela época a partir do 2º Ano já utilizavam o exame como fonte de avaliação, e assim foi até o 5º Ano.
A partir do 6º ao 9º Ano, os professores eram voltados completamente à metodologia do exame, tudo era baseado em provas avaliativas como maneira de avaliar o aprendizado, os professores do colégio que estudei o ensino médio até hoje tem essa mesma metodologia, no meu ponto de vista a avaliação como instrumento de avaliar está longe de uma realidade, pois a metodologia que predomina pelo colégio onde passei o ensino médio, foi com certeza e continua sendo a metodologia do exame.
Chegando ao 1º Ano, fui estudar em outra cidade, e a experiência foi bem interessante, havia um novo contexto no ensino médio, a preparação para o vestibular, sim, o Vestibular. O primeiro ano foi bem tranquilo, mas ao fim de cada bimestre, os professores faziam um simulado para avaliar o aprendizado dos alunos e consequentemente preparar para o vestibular, no 2º Ano as coisas de intensificaram um pouco mais, mas foi no 3º Ano que o estudo foi intensificado, provas e simulados eram cada vez mais frequentes, lembro me que foi assim até a época do vestibular, naquela época era dividido por etapas e era feito durante o 1º, 2º e 3º, para facilitar o aluno a ingressar na universidade.
Com o fim da etapa do 3º Ano, fiz o vestibular que era a ultima etapa para ingressar na universidade e consegui a aprovação, enfim cheguei a Universidade, um novo mundo, onde eu não fazia ideia do que era, mas ao chegar nele tive que me adaptar as mudanças e reeducar a maneira como estudava para poder seguir no ensino superior, e não foi diferente, os professores na universidade ainda são muito apegados a metodologia do exame e não da avaliação, principalmente nas disciplinas de exatas, para esses professores o único método é a prova e pronto, o aluno só é aprovado se “tirar uma nota boa” muitas vezes conseguida de maneiras duvidosas, outras com o próprio conhecimento, enfim, não é uma prova que avalia o que o aluno aprendeu ou a sua capacidade de aprender, porém a metodologia do exame ainda está fortemente enraizada no âmbito acadêmico.

Para concluir digo que hoje em dia os professores seguem a metodologia do exame por que esse caminho é bem mais fácil, o professor está mais preocupado com o seu bem estar do que com o próprio aprendizado do aluno, afirmo que essas raízes da metodologia do exame ainda são profundas e dificilmente podem ser arrancadas do processo de ensino atual, não é impossível, mas o caminho para essa mudança ainda é muito difícil, não somente por causa dos professores, mas por inúmeros fatores da sociedade que contribuem diretamente para que essa mudança seja difícil.

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